Alvalade Revisitada

Alvalade Revisitada aborda a necessidade de actualização permanente das cidades, mantendo a sua identidade e convocando a população a pensar activamente o bairro de Alvalade. Teve início com uma Summer School, da qual resultaram três projectos: A Reflection, A Level of Spontaneity e A Naked City.

As questões que guiam este projecto são: como a arquitectura pode contribuir para o desenvolvimento de uma posição crítica em relação ao futuro de um dos bairros mais bem-sucedidos de Lisboa, agora que a cidade em seu redor está num processo de mudança acelerada? Como a Alvalade se poderia basear nas estruturas existentes para oferecer respostas relevantes à procura de um presente sustentado por problemas – meio ambiente, densidade flutuante, capital cultural, produção e consumo de alimentos – que sofreram grandes mudanças desde o momento em que foram planeadas, mantendo a sua identidade? E como as possíveis respostas a essas mesmas perguntas poderão desencadear o questionamento de sua realidade pelos habitantes do bairro?

Para abordar essas questões, propomos vários momentos: uma Summer School para estudantes de arquitectura, onde sugerimos que a Arquitectura emprestasse o processo de Revisita usando o campo da Música e aplicá-lo no bairro de Alvalade. E, num segundo momento, confrontar a população local com os resultados deste exercício através de um passeio em torno de três projectos para Alvalade. Está ainda previsto o lançamento em 2020 de uma publicação sobre todo o processo e resultados.

Os três projectos que emergiram da Summer School são:

Uma Reflexão

Orientada por Dominik Arni (Arni Enterprise)
A partir da análise das tipologias de ruas e moradias existentes, os alunos extraíram um mecanismo de reflexão que eles então aplicaram no sentido vertical, a fim de promover uma maneira possível de lidar com uma densidade mais alta. a Avenida da Igreja. O projecto sugere maneiras diferentes de lidar com o carácter complexo desta avenida e de partilhar e ocupar espaços semi-públicos em diferentes alturas.
– Um nível de espontaneidade orientado por Francisco Moura Veiga (A FORSCHUNG) Este projecto parte da intenção de permitir uma “vida no bairro” – a “cidade de 5 minutos” – para uma população drasticamente maior, com base no projecto anterior. Os espaços públicos e privados no nível da rua dos blocos de construção ao longo e ao redor da Av. da Igreja foram reorganizados para promover uma visão dinâmica em diferentes escalas de negócios e produção, diferentes interpretações da mobilidade local e regional e diferentes perspectivas sobre o uso do espaço exterior e do domínio público.

Um grau de Espontaneidade

Orientado por Francisco Moura Veiga (A FORSCHUNG)
Este projecto parte da intenção de permitir uma “vida no bairro” – a “cidade de 5 minutos” – para uma população drasticamente maior, com base no projecto anterior. Os espaços públicos e privados ao nível da rua, dos blocos de construção ao longo e em redor da Av. da Igreja foram reorganizados para promover uma visão dinâmica em diferentes escalas de negócios e produção, diferentes interpretações da mobilidade local e regional e, diferentes perspectivas sobre o uso do espaço exterior e do domínio público.

Uma cidade Nua

Orientada por Ricardo Lima (Girão Lima Arquitectos)
Observando as estruturas informais dos pátios, jardins e ruas do bairro, este projecto questiona as noções de continuidade e propriedade, promovendo uma leitura contínua desses elementos como semi-redes coerentes, construção de um parque, um conjunto de estágios ou mesmo um gigantesco conjunto em que são partilhadas parcelas anteriormente segmentadas.